quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

se eu escrever agora não vai sair nada de bom.
fica pra outra.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

mulheres melhores

milhares de mulheres melhores.

eu tentarei acreditar.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

i'm back.

um mestre de xadrez, maníaco.
com braços moles e vibrantes que acompanham o ritmo da música freneticamente.
no alto de um morro sob a lua gigante atrás,
Beethoven.
em sua melhor forma, um cachorro.

satisfaz-se com pequenos movimentos de rainha e grandes ataques de peão.

intenso.
ao agarrar sua peça com o polegar e a cada joga alternar,
indicador,
médio,
anelar,
mindinho.
acredita tal mania dar sorte e não bloquear sua mente.

mas são teclas demais num teclado de piano,
só não mais que as de um de computador.

domingo, 18 de janeiro de 2009

nos 30

esses dias eu estava assistindo se vira nos 30.
e uma coisa bem engraçada aconteceu.
um senhorzinho bem esquisito.
com óculos daqueles que aumentavam os olhos, deixando-o ainda mais simpático, se apresentou.

o que faço? eu faço as pessoas chorarem em trinta segundos.

o relógio disparou, e o velhinho ficou parado no mesmo lugar.
aos 28 ele deu um pequeno espasmo na perda direita, nada muito aparente.
aos 27 ele começou a andar bem devagarzinho, passo antepasso em direção à câmera.
o cenário num silêncio macio.
à medida que ele se aproximava, algo nele parecia que secava.
ia envelhecendo mais e mais, mas não de um jeito feio.
alguém já diria que seus cabelos eram perfeitamente brancos,
mas a cada passo eles clareavam impossivelmente mais.

parecia que ia cansar de andar a cada instante.

quando a figura do seu rosto dominou a câmera,
piscou duas vezes.
retirou seus óculos.
sobrancelhas grossas.
a marca do óculos no nariz.
os olhos...
remelentos.
gelatinosos.
verdes.
ou talvez castanhos.
as rugas talhadas em madeira encerada.
e as partes cartilaginosas espantosamente volumosas.

mas o que importa é que dava pra ver muita coisa na cara daquele velhinho.
coisas que a gente nunca achou que ia ver de nós mesmos.
ele simplesmente pegou aquele sentimento que eu tenho às vezes,
de que eu deveria virar um mochileiro filantropo
e de todas as coisas erradas que tem no mundo, que eu geralmente consigo ignorar,
e enfiou todos ao mesmo tempo na minha garganta.
insuportáveis de aguentar.
foi como ter arrancado um outro corpo meu de dentro de mim.

nesse instante, as paredes do auditório acima da platéia subiram,
e aonde antes haviam pessoas, inundou-se uma enorme e violenta cachoeira.

aquele dia não fui pro trabalho.

ontem.

agora já faz algum tempo que não ouço meu filho reclamar das minhas namoradas.
ele sempre encontrava um motivo suficientemente bom para que eu as largasse.
ou talvez a facilidade de deixá-las vinha de mim, e ele era só o empurrãozinho que eu precisava.

ele se mudou, faz faculdade em outra cidade logo ali a uns 460km. é muito querido pelos amigos, festa muito e gosta bastante do que faz. gosta de café com leite e pão com manteiga, de dormir depois do almoço e de desenhar coisas com a espuma de barbear no espelho. está se tornando um adulto bastante agradável.

agora eu quero uma filha pra cortar a unha do meu pé.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

there's not a thin line between love and hate
there's actually a great wall of china with arm centuries every twenty feet between love and hate.